O símbolo do “olho que tudo vê” é um dos que andam sempre
marcando presença em nosso cotidiano. Podemos encontra-los sempre em best
sellers ou em artes gráficas que buscam polêmica ou um certo misticismo. Com isso,
ele vem constantemente mexendo com o imaginário comum e gerando controvérsias
em torno do seu significado.
Fonte: Reprodução da Internet
Um grande exemplo dessas controvérsias é que se você jogar “o
olho que tudo vê” no Google ou em qualquer outro site de busca, os primeiros
resultados te levam a fóruns e blogs de teorias conspiratórias que associam o
símbolo a uma grande conspiração em prol da dominação mundial arquitetada pela
maçonaria, ou para o lado negro das religiões ocultistas.
Apesar de muitas pessoas levarem a sério estes significados,
os especialistas dizem que tudo não passa de lendas e da falta de conhecimento
sobre o verdadeiro significado do símbolo.
Então, vamos conhecer melhor este símbolo que também é muito encontrado desfilando em peles por aí!
Na maçonaria:
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Durante muito tempo, a maçonaria foi uma sociedade
secreta que mantinha seus rituais guardados a sete chaves, escondidos até de
alguns de seus membros, a quem só era permitida a revelação de certos segredos
quando alcançassem graus específicos dentro da ordem. Todo esse mistério deu
origem a muitas especulações e preconceitos, sobretudo sobre a simbologia e os
rituais maçônicos.
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O olho que tudo vê é realmente um símbolo usado pela
maçonaria, mas que para seus seguidores possui um significado muito mais nobre
que o domínio do planeta: como nessa ordem são aceitos membros das mais
diversas religiões, o olho que tudo vê representaria o olho da providência, do
grande arquiteto do universo, sempre vigilante, que une os maçons sob um ideal
comum e os lembra do dever de sempre percorrer o caminho do bem.
No Egito:
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Apesar do uso na maçonaria, a origem do símbolo é de muito
antes da história da humanidade e remeteria ao culto dos deuses no Egito.
Segundo a lenda, “o olho de Hórus” foi um artefato confeccionado para ficar no
lugar do olho verdadeiro que o deus Hórus teria perdido em uma batalha com
o deus Seth. A curiosidade é que na verdade são dois olhos, cada qual com
um significado específico: O direito representando o sol, a razão, os
números, e o esquerdo representando a lua, a intuição, a magia.
Juntos, esses símbolos formariam a totalidade e dualidade da
vida, assim como o yin-yang, e eram tão sagrados para os egípcios quanto a cruz
é hoje para os cristãos.
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Os olhos eram usados como amuleto de proteção e cura,
trazendo segurança, sabedoria e prosperidade a quem os portasse, e podiam ser
encontrados em hieróglifos e em objetos pessoais dos faraós, como na múmia de
Tutancâmon.
Além da cultura egípcia, o olho que tudo vê tem referências
em várias outras tradições, como na wicca, em que é amuleto protetor e
ampliador da visão, no olho grego turco, também como elemento de proteção, e no
bindi (o terceiro olho), da religião hindu, que, entre outros atributos,
representa a força feminina.
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O mais legal é notar que o olho que tudo vê percorreu a
história da humanidade até hoje, e em cada tempo, de acordo com cada momento
histórico, foram atribuídos a ele diferentes significados, o que dá margem para
que além das interpretações históricas ou religiosas, esse símbolo possa ter um
significado pessoal, fazendo sentidos diferentes para cada olhar.
Ressaltando que, cada tatuagem tem um significado pessoa, fizemos esta matéria apenas para esclarecer o que o olho representa para culturas diferentes.
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Fonte de Conteúdo: Juliana Caserta.